Nós:

Somos todos morcegos. Ou queremos ser. Na verdade somos morcegos capazes de enxergar, o que pode não ser bom. Ou ser. Fazer absurdo é negar a regra da civilização, é rasgar o cronograma, perder a estratégia e não saber o que fazer. O absurdo é aquele exato momento em que a gente se perde. E perder-se muitas vezes significa existir... 

                                                                                                                                     Jocianny Carvalho

"E entre os nossas paredes eles se debatem: cegos como nós." Lêdo Ivo

http://www.jornaldepoesia.jor.br/ledo2.html

Os Andaimes do Mundo

"... Ó estátuas solares, caídas ao peso de tantas flechas...
Vejo uma flor, absurda como a vida.
Onde a água dormida canta, em outrora ninhos de coral,
aí eu te verei novamente,
desolada vida, em tudo semelhante aos desertos reais.
Invenção sucessiva de mim mesmo,
ó dias, feras domadas, ó dias de minha vida,
sumidouro onde afundo, incógnito."


                                                                   Lêdo Ivo

A Arte e o Amor

"... Falar em amor e afeto traz a implicação poética da experiência sensível por ele produzida, a motivação que não é nem totalmente material, nem totalmente espiritual, mas um diálogo importante para a educação em arte por imprimir um caráter de importância ao sentido de metamorfose, uma vez que é de um ato de amor carnal que nascemos, é de variadas formas de amar que vamos construindo nossos referenciais amorosos, o valor e o sentido que damos ao exercício com afetos que realizamos.   Hoje o amor à arte, ou o amor à educação se vinculam a diferentes ideais afetivos, seja pelo saber, seja pela prática pedagógica, seja pelas relações de sala de aula, com os colegas, com o ambiente escolar, com a comunidade próxima e o distante mundo da ecologia..."

                                       Marly Ribeiro Meira